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O que é o estresse oxidativo e qual a relação dele com as doenças respiratórias?

O que é o estresse oxidativo e qual a relação dele com as doenças respiratórias?

Descubra como o estresse oxidativo impacta diretamente sua saúde respiratória e aprenda maneiras de proteger seus pulmões. Continue lendo para mais insights!

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O estresse oxidativo é caracterizado pelo desequilíbrio entre as sustâncias oxidantes e os sistemas de defesa antioxidante, o que pode acarretar no aumento de radicais livres e desencadear mudanças químicas e biológicas importantes para o comprometimento do funcionamento de estruturas do sistema respiratório. A inflamação das vias aéreas, o aumento de secreção pulmonar e o dano tecidual pulmonar são algumas das consequências desta disfunção. Continue a leitura para saber como isso acontece.1,2

 

O que é o estresse oxidativo?

O estresse oxidativo ocorre quando há um desequilíbrio entre as substâncias oxidantes e os sistemas de defesa antioxidante no organismo. Essa instabilidade afeta a células e tecidos, podendo desencadear uma série de alterações do estado de saúde.1

As espécies reativas de oxigênio (ERO), como os radicais livres, cumprem funções biológicas importantes e estão presentes, por exemplo, nos mecanismos de defesa contra infecções. Sua produção é contínua e, por este motivo, há um sistema de controle. Quando em excesso, alguns radicais livres podem danificar tecidos, proteínas e o DNA. Esse “ataque” a estruturas favorece o surgimento de diversas doenças ao longo da vida, tais como:1,3

  • Condições inflamatórias;
  • Diabetes;
  • Doenças degenerativas;
  • Hipertensão;
  • Doenças cardíacas;
  • Câncer;
  • Doenças pulmonares.

Além de o organismo produzir radicais livres naturalmente, fatores ambientais também podem provocar o aumento de substâncias oxidantes:3

  • Poluição;
  • Fumaça de cigarro;
  • Radiação;
  • Certos pesticidas e produtos de limpeza;
  • Dieta rica em açúcar e gordura;
  • Excesso na ingestão de bebida alcoólica.

Como o estresse oxidativo pode afetar o sistema respiratório e levar ao desenvolvimento de doenças respiratórias?

O contato direto com o ambiente externo faz do sistema respiratório um alvo mais fácil para o desenvolvimento do estresse oxidativo. Isso porque, junto com o ar, também é provável inalar gases poluentes, que armazenam enorme quantidade de oxidantes.3

A fumaça do cigarro é outro agente externo perigoso, pois o fumo contém uma série de substâncias químicas repletas de radicais livres e outros oxidantes. Estudos científicos também detectaram em fumantes a diminuição de enzimas antioxidantes, o que aumenta a probabilidade de estresse oxidativo.3

O aumento do nível de ERO acarreta danos a componentes celulares, modificando estruturas das proteínas, lipídeos e sequências de DNA. Dessa maneira, são capazes de iniciar uma série de alterações como inflamação das vias aéreas e doenças pulmonares.3,4

Ao comprometer atividades bioquímicas de diversas moléculas o estresse oxidativo pode dificultar o funcionamento do pulmão. Em algumas doenças respiratórias com componente inflamatório, como a asma, o desequilíbrio entre substâncias oxidantes e antioxidantes pode afetar o controle da inflamação.2,5

O que são doenças respiratórias agudas e crônicas?

Doenças respiratórias são todas aquelas que afetam o aparelho respiratório, formado pelos pulmões, brônquios, bronquíolos, alvéolos pulmonares, laringe, traqueia, faringe, cavidades nasais e músculos torácicos. As doenças agudas costumam surgir repentinamente e durar dias ou semanas; enquanto as crônicas podem se desenvolver devagar ou de forma abrupta, persistem por um período prolongado e podem piorar com o tempo.6,7

As doenças agudas são comumente infeciosas, como a gripe e a pneumonia. Já as crônicas podem ter componentes genético, ambiental e/ou comportamental. Alguns exemplos delas são a asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).6,7

Com as mudanças no estilo de vida ocorridas ao longo do século XXI, os fatores comportamental e ambiental (poluição, infecções) tendem a contribuir com o aumento na incidência de doenças respiratórias.4-7

Quais são os sinais e sintomas das doenças respiratórias agudas e crônicas?

 

Os sinais e sintomas das doenças respiratórias agudas e/ou crônicas variam conforme o desenvolvimento da enfermidade. Entretanto, os seguintes são comuns:6

  • Tosse;
  • Escarro (catarro);
  • Dificuldade de respirar;
  • Falta de ar;
  • Cansaço;
  • Dor / opressão torácica;
  • Febre (no caso das infecções);
  • Inchaço nas pontas dos dedos.

No caso de doenças como a tuberculose e câncer de pulmão também existe a possibilidade de presença de sintomas como:6

  • Fadiga;
  • Mal-estar generalizado;
  • Redução importante ou perda de apetite;
  • Emagrecimento;
  • Indigestão;
  • Dores de cabeça.

 

A presença de sangue no catarro é outro sinal importante, pois pode caracterizar inflamação exuberante ou presença de tumor. Pode também ser um sinal de alerta para investigar a possibilidade de um quadro de tuberculose.6

Como é o tratamento das doenças respiratórias agudas e crônicas?

O tratamento para as doenças respiratórias envolve o uso de medicamentos, em associação ou não a outros procedimentos terapêuticos, personalizado de acordo com cada quadro.

Doenças respiratórias infecciosas:

Os antibióticos são a principal recomendação para tratar infecção respiratória causada por bactérias. Já no caso das doenças virais, esse medicamento não atinge o efeito esperado, e por isso serão prescritos remédios de controle dos sintomas como analgésicos (para sintomatologia dolorosa), anti-inflamatórios (para controle do quadro inflamatório associado) e antitérmico (para a febre).8

A pneumonia também responde bem ao tratamento com antibióticos, antivirais ou antifúngicos, de acordo com o agente identificado como causador da infecção: bactérias, vírus ou fungos, respectivamente. Nos casos mais críticos da doença, o paciente pode necessitar de hospitalização para realização de outros procedimentos, como oxigenoterapia – uso de mecanismos para fornecer oxigenação, como máscara de oxigênio.4

 

Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC):

Há diversos tratamentos indicados para diferentes níveis da DPOC, sendo, mais uma vez, imprescindível a personalização do tratamento. No caso dos indivíduos tabagistas, independente da fase, a primeira medida é deixar de fumar – especialmente aqueles com mais de 45 anos de idade, quando a taxa de mortalidade da doença passa de 50 para 200 em 10.000 pessoas.4

Em relação aos medicamentos utilizados para o controle da doença, as prescrições envolvem broncodilatadores, que relaxam a musculatura em volta das vias aéreas, melhorando a respiração. Os corticoides inalados também agem com o mesmo propósito, reduzindo a inflamação na região. Oxigenoterapia e intervenção cirúrgica são intervenções reservadas para graus mais avançados da doença, como no caso do enfisema pulmonar (alteração no volume do pulmão por aprisionamento do ar inspirado).9

 

Câncer no pulmão:

Quando diagnosticado na sua fase inicial, a cirurgia para remoção da lesão pode apresentar alta taxa de efetividade, com maior chance de ser uma iniciativa bem-sucedida. A radioterapia e a quimioterapia também podem fazer parte das alternativas terapêuticas, podendo diminuir o tamanho do nódulo pulmonar. O apoio de uma equipe de saúde multidisciplinar é muito eficaz e faz bastante diferença principalmente para os estágios mais avançados da doença, a fim de propiciar melhor conforto físico (controle da dor e falta de oxigênio) e suporte emocional.10

O que é possível fazer para prevenir doenças respiratórias agudas e crônicas?

Existem algumas medidas capazes de prevenir doenças respiratórias agudas e crônicas. Entre elas estão boas práticas de higiene e consultas periódicas ao médico. Confira alguns exemplos:8

  • Lavar as mãos, especialmente antes das refeições;
  • Espirrar e tossir em um lenço de papel ou no braço; e lavar as mãos na sequência;
  • Beber quantias adequadas de água durante o dia;
  • Se proteger ao ter contato com pessoas gripadas ou com doenças respiratórias;
  • Fazer exames de rotina;
  • Aderir ao uso de vacinas;
  • Parar de fumar;
  • Ter um sono reparador;
  • Alimentar-se de forma saudável.

Referências:

1. BARBOSA, Kiriaque Barra Ferreira; COSTA, Neuza Maria Brunoro; ALFENAS, Rita de Cássia Gonçalves; PAULA, Sérgio Oliveira De; MINIM, Valéria Paula Rodrigues; BRESSAN, Josefina. Estresse oxidativo: conceito, implicações e fatores modulatórios. Scielo, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rn/a/Fvg4wkYjZPgsFs95f4chVjx/. Acesso em: 23/02/2024.
2. SANTUS, Pierachille; CORSICO, Angelo; SOLIDORO, Paolo; BRAIDO, Fulvio; MARCO, Fabiano Di; SCICHILONE, Nicola. Oxidative stress and respiratory system: pharmacological and clinical reappraisal of N-Acetylcysteine. National Library of Medicine, 2014. Disponível em  https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4245155/. Acesso em: 23/02/2024.
3. DIX, Megan. What are the risk factors? Helthline, 2018. Disponível em: https://www.healthline.com/health/oxidative-stress#risk-factors. Acesso em: 23/02/2024. Acesso em: 19/02/2024.
4. SPEIZER, Frank E; HORTON, Susan; BATT, Jane; SLUTSKY, Arthur S. Respiratory diseases of adults. National Library of Medicine, 2006. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK11773/#:~:text=These%
20diseases%20fall%20into%20four,lung%20diseases%2C%20such%20as%20immune%2D. Acesso em: 23/02/2024.
5. BEZERRA, Frank Silva; LANZETTI,           Manuella; NESI, Renata Tiscoski; NAGATO, Akinori Cardozo; SILVA, Cyntia Pecli e; KENNEDY-FEITOSA, Emanuel; MELO, Adriana Correa; CATTANI-CAVALIERI, Isabella; PORTO, Luís Cristóvão; VALENCA, Samuel Santos. Oxidative stress and inflammation in acute and chronic lung injuries. National Library of Medicine, 2023. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10045332/. Acesso em: 23/02/2024.
6. BATES, David V; FLASCHEN, John Hansen;. Respiratory disease. Britannica, 2023. Disponível em: https://www.britannica.com/science/respiratory-disease. Acesso em: 23/02/2024.
7. Chronic vs. acute medical conditions: what's the difference? National Council, 2020. Disponível em: https://www.ncoa.org/article/chronic-versus-acute-disease. Acesso em: 23/02/2024.
8. Upper respiratory infection. Cleveland Clinic, 2021. Disponível em: https://my.clevelandclinic.org/health/articles/4022-upper-respiratory-infection. Acesso em: 23/02/2024.
9. COPD - Diagnosis. Mayo Clinic, 2020. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/copd/diagnosis-treatment/drc-20353685. Acesso em: 23/02/2024.
10. Lung cancer. World Health Organization, 2023. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/lung-cancer?gclid=Cj0KCQiAjMKqBhCgARIsAPDgWlxtADHEeDskzoeMZl59W5fKLeuvubl_8IbRsfzeSzg
AXORiC1y_WaIaAjMdEALw_wcB. Acesso em: 23/02/2024.

BR-DIG-RES-2400001

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